segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A surpreendente Copa da África

Por Marcio Camilo 
Depois de classificar na repescagem para a Copa, a Espanha surpreendeu o mundo da bola ganhando seu primeiro título mundial/Foto:Google

A Copa da África foi à copa das surpresas, das inovações tecnológicas dos espetáculos de imagens e de grandes emoções.  O público pode experimentar das mais diferentes sensações, transmitidas por um esporte surpreendente e imprevisível: o FUTEBOL.
 
De fato, teve surpresa até demais na competição. Os favoritos ao título é quem o digam.  França e Itália foram eliminadas logo na primeira fase e Brasil e Argentina se despediram nas quartas de finais. Surpreendente também foi o Uruguai, que recuperou um pouco do prestígio ao chegar novamente numa semifinal de Copa do Mundo depois de 40 anos. E lógico: o jogo entre Holanda e Espanha. Uma final inédita, que pela primeira vez não contou com a presença de uma das quatro super campeãs (Brasil, Itália, Alemanha e Argentina).
 
E o show de imagens? Os grandes lances captados em close e super câmera lenta. As caretas dos jogadores nas disputas em bolas áreas. Os vôos dos goleiros. As faltas violentas e as expressões de dor. Tudo registrado nos mínimos detalhes. Um verdadeiro espetáculo aparte para os telespectadores apaixonados por futebol.
 
Na Copa da África teve até maldição. Foi a tal da Jabulani, nunca uma bola foi tão comentada em copas do mundo. Feitiçaria aparte a gorduchinha foi na verdade uma inovação tecnológica que deu no que falar. Os jogadores reclamaram que a bola, quando chutada, mudava muito de percurso durante a trajetória. Luiz Fabiano, atacante da seleção brasileira, chegou a dizer que a Jabulani “tinha vontade própria”. Quem sofreu no final das contas foram os goleiros; cada engolida de frango...
 
Emoção foi outro ingrediente que teve de sobra. Como, por exemplo, o choro dolorido do atacante paraguaio Cardoso que errou o pênalti contra a Espanha durante as quartas de finais. E o que dizer então da “defezassa” do atacante uruguaio Suárez, também nas quartas de finais contra Gana. Com um “tapa de gato”, o jogador salvou um gol debaixo da trave, que tiraria o time das semifinais da competição. Detalhe: isso tudo no último lance do segundo tempo da prorrogação! Depois da copa, o “atacante/goleiro” Suárez foi recepcionado no Uruguai como um verdadeiro herói nacional.  
A defesassa do atacante Suázez que salvou o Uruguay da desclassificação/Foto:Dica do @luizfelipecrb
Convenhamos que não houve a revelação de um grande craque, e que a arbitragem pecou em excesso, com erros grotescos! Mas que a Copa da África foi incrivelmente surpreendente, ah isso sim. Ainda mais por ter sido realizada em um continente tão pobre, que despertou um monte de dúvidas em relação ao sucesso do evento. Mas para os pessimistas a resposta foi bem dada. A África demonstrou o seu valor, realizando uma das copas mais organizadas da história. Fica a torcida para que o governo brasileiro siga o exemplo em 2014.  

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