Seminário nacional vai discutir a nova Lei de Adoção em Cuiabá

Débora Lobo

Cuiabá sediará entre os dias 16 e 17 de setembro, o Seminário "Adoção um Novo Nascimento". O encontro será realizado na nova sede das Promotorias de Justiça da capital. O evento é direcionado a profissionais das áreas médicas, jurídicas, sociais e psicológicosigadas ligadas à adoção.

Além da nova Lei de Adoção, o encontro inclui discussões sobre os direitos fundamentais na infância e adolescência; impactos do abandono, carência e separação precoce no desenvolvimento infantil; importância do bom trato institucional e a preparação, avaliação e acompanhamento dos futuros pais adotivos.

O objetivo do seminario é capacitar promotores de Justiça, magistrados, defensores públicos, equipes interprofissionais, conselhos tutelares e de direito e profissionais que atuam na rede de serviços, incluindo gestores das políticas públicas de assistência social, saúde e educação e as autoridades ligadas a adoção.

De acordo com o titular da Procuradoria Especializada na Defesa da Criança e do Adolescente, procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado, esse seminário será realizado em todas as regiões do país. Cuiabá foi a capital escolhida da Região Centro Oeste.

O evento será realizado pelo Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cededica) do Rio Grande do Sul em parceria com a Oscip "Acolher de Porto Alegre", com o apoio do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por intermédio da Procuradoria Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente.

Atualmente, em Mato Grosso existem 42 crianças para serem adotadas. Segundo a CEJA (Comissão Estadual Judiciária de Adoção), a maioria dessas criaças possuem mais de 7 anos de idade, e não possuem as características que a maioria dos casais procuram. Por conta dessa restrição, 280 pessoas/casais estão na fila da adoção no estado.

Em cuiabá, quem quer adotar uma criança, e tiver preferência por um bebê, pode esperar por até dois anos para poder completar o processo e receber a criança. Quanto mais restrição o casal tiver (cor, idade, sexo), mais tempo leva até obter a criança.