sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A cultura do calor

OPINIÃO

Aliana Camargo

Esses dias atrás ouvi um amigo me contar uma história muito própria de nossa cidade. Ele, que trabalha num hotel famoso de Cuiabá, me contara que um hóspede veio lhe perguntar no auge de setembro: Como as pessoas vivem aqui? Claro que o meu amigo não soube dizer, somente quem conhece o calor de Cuiabá, não o calor corriqueiro, mas o calor inumano sabe o que este tal hóspede estava se referindo.

Realmente o calor exacerbado de Cuiabá, beirando os 42 graus à noite, é de enlouquecer qualquer humano.  Mais do que ser atingido pela singular existência da cultura do calor, é pensar que temos uma falta de cultura do simples gesto de plantar árvores. Sim... Talvez árvores nos ajudem a enfrentar a dura realidade de termos altos graus Celsius que nos deixam a beira da loucura.

Aqui, não tem a cultura das sombrinhas passantes, das grandes praças com chafariz que podem refrescar as nossas almas, não temos nem mesmo a cultura do turismo hinterlândico. Afinal, quando temos um grande feriado, tão pouco recorrente em nosso país, poderíamos ao menos ir à Nobres, ao Araguaia, ou para qualquer delícia paradisíaca existente em Mato Grosso.

Precisamos nos sensibilizar, observar que o dia de puro enxofre que atingiu Cuiabá em Setembro nos trará fortes recordações. Pensar que se não houver uma política de governo para colaborar com o meio ambiente, estaremos fadados a ir para Vênus.

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