terça-feira, 16 de novembro de 2010

Estudantes usam nariz de palhaço para protestar contra o Enem em Cuiabá

Por Débora Lobo com informações site TVCA


Estudantes e membros de unidades estudantis realizaram nesta terça-feira uma passeata em manifestação aos problemas durante a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Vestidos de preto e usando nariz de palhaço os manifestantes caminharam da entrada do campus Cuiabá da UFMT até a reitoria, onde depois de alguns minutos de conversa do lado de fora, foram recebidos pelo reitor em execício Francisco Souto.

De acordo com a estudante Giovanna Maciel (17), o Enem não é um exame apropriado avaliar de forma única o estudante que concorre a uma vaga em uma Universidade Federal, no caso a UFMT. A estudante reclama que mesmo depois da quebra do sigilo da prova e das falhas ocorridas em 2009, que gerou uma série de problemas, a UFMT insistiu em manter o exame como forma única de ingresso e novamente há problemas. “Eu fui uma das milhares de estudantes que recebi o caderno de prova com o gabarito trocado. Na minha sala de prova os fiscais ficaram confusos e mudaram alguns vezes de opinião quanto ao preenchimento. Como esse exame pode ser a única forma de entrar na universidade, eu me sinto prejudicada”. afirma a estudante.

Questionado em relação à adesão do Enem como fase única para o ingresso na UFMT, o reitor em exercício afirma que o sucesso do exame não pode ser comprometido por algumas falhas, que segundo ele não ultrapassou 1% do total de estudantes que realizaram as provas do Enem. Souto afirma ainda que no próximo ano será novamente avaliado de que maneira o exame será usado no ingresso a Universidade Federal de Mato Grosso. “Nós também lamentamos os eventuais problemas, mas as falhas da prova não vão comprometer a entrada dos estudantes na UFMT”, afirma Francisco Souto.

Problemas no Enem 2010

Cerca de 3,3 milhões de estudantes participaram do Enem 2010 em todo o país. Logo depois da primeira prova, os estudantes reclamaram de erros na folha de respostas e no caderno de provas amarelo. Na folha de respostas, os enunciados das áreas de conhecimentos estavam invertidos, na comparação com o caderno de questões. Alguns alunos alegam que preencheram o gabarito de forma invertida.

Estudantes que fizeram a prova amarela reclamaram que faltavam questões. Outras estavam repetidas ou a sequência numérica estava errada e havia, inclusive, páginas da prova branca incluídas no mesmo caderno. A estimativa é que cerca de 2 mil alunos tiveram problemas com a prova amarela. O ministério avalia a possibilidade de realizar um novo exame para essas pessoas.

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